transtornos alimentares

Gestação e transtornos alimentares: como lidar?

 

O que são transtornos alimentares?

Os transtornos alimentares (TA) são condições que afetam a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta em relação à comida e à imagem corporal.  

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), mais de 70 milhões de pessoas são afetadas por transtornos alimentares como anorexia nervosa, bulimia, transtorno de compulsão alimentar, dentre  outros distúrbios alimentares.

 

Sintomas comuns dos principais transtornos:

  • Anorexia nervosa: adesão a dietas restritivas e monitoramento constantemente de embalagens de produtos e preocupação com calcular as calorias presentes em cada refeição realizada. Também é comum que a pessoa evite refeições em família e demonstre comportamentos frequentes de pesagem e ou exagero na prática de exercícios físicos;
  • Bulimia nervosa: Geralmente, a pessoa consome grandes quantidades de comida rapidamente, seguidos por comportamento compensatórios, como idas frequentes ao banheiro para induzir o vômito ou uso de laxantes e diuréticos em grandes quantidades sem orientação médica;
  • Transtorno de compulsão alimentar (TCA): envolve episódios de ingestão excessiva de alimentos em um curto período de tempo, além da sensação de perda de controle sobre o comportamento alimentar. Porém, os indivíduos com TCA geralmente não têm comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes ou exercício excessivo, após os episódios de compulsão alimentar. Assim, o TCA frequentemente leva a ganho de peso significativo e problemas de saúde associados à obesidade.

Sofro de um transtorno alimentar: posso engravidar?

A gestação é um momento de muitas transformações no corpo e na mente das gestantes. No entanto, para muitas mulheres que enfrentam transtornos alimentares, essa jornada pode envolver desafios emocionais e físicos que devem ser observados com maior atenção. 

E quando não há o devido acompanhamento e tratamento de transtornos alimentares durante a gestação pode haver sérias consequências para a saúde materna e fetal. Isso inclui complicações como baixo peso ao nascer, parto prematuro, restrição do crescimento fetal, deficiências nutricionais e complicações médicas para a mãe.

A exemplo disso, um estudo recente aponta que a incidência de TAs é de, aproximadamente, 3,5 e 7% na população geral e 1% entre gestantes, principalmente quando há um histórico prévio de TA.

Por isso, se você pretende engravidar ou já está gestante, considere adotar estes cuidados para a sua saúde e a do bebê:

  • Seja honesta e respeite o seu momento: Fale com honestidade sobre  o que você sente e busque apoio de familiares e amigos. Acolha-se nesse momento, afinal, sem encarar o problema, não há como buscar soluções;
  • Suplementação Nutricional: Em alguns casos, pode ser necessário realizar a suplementação para garantir uma quantidade balanceada de nutrientes. O ideal é que o nutricionista prescreva um plano de intervenção, a fim de garantir melhores resultados;
  • Acompanhamento multiprofissional: Faça consultas regulares com um obstetra especialista em gestações de alto risco e com outros profissionais de saúde, como nutricionista e psicólogo.

 

Por fim, cada gestação é única e as orientações médicas podem variar de acordo com a gravidade do transtorno alimentar e as circunstâncias individuais de cada mulher. Com o devido acompanhamento nesse período, é possível ter uma gestação saudável e segura para a mãe e o bebê.

 

 

 

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ANNE GUEDES – PSICÓLOGA CRP: 06/113668

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