amor entre duas pessoas numa ponte. foto em preto e branco

Fundamental é mesmo o amor

 

Casal abraçado em frente ao mar.

Certa vez, Tom Jobim poeticamente cantou “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”. É uma frase e tanto! E a partir dela, nos damos conta de que o amor só é possível através da troca com o outro. 

No livro “A gente mira no amor e acerta na solidão”, a psicanalista Ana Suy afirma que:

 

“a base do nosso psiquismo são os primeiros amores da nossa vida, com frequência os nossos pais, que nos interpretam e interpretam o mundo para nós (SUY, 2022, pág. 44)”

Assim, entende-se que, nesse lugar de construção do indivíduo, somos atravessados por estes afetos e outros sentimentos que acabam por guiar as nossas relações amorosas. Através destas, amadurecemos e elaboramos questões pessoais, se assim desejarmos.

 

 

E quais são os benefícios de uma relação saudável?

  • Suporte emocional: sentir-se apoiado(a) e compreendido(a) nos ajuda a enfrentar desafios pessoais e profissionais;
  • Sentimento de pertencimento: uma boa relação cria um senso de pertencimento e conexão com outra pessoa. Além disso, nos permite construir uma identidade individual e compartilhada;
  • Crescimento pessoal: relacionamentos saudáveis proporcionam um ambiente seguro para compartilhar dificuldades e, até mesmo, construir uma nova percepção sobre si mesmo(a);
  • Melhoria da saúde física: estudos recentes mostram que pessoas em relacionamentos saudáveis tendem a ter melhor saúde física. Este fator reduz o risco de doenças cardíacas, pressão arterial mais baixa, como também melhora o sistema imunológico. 

Mas e quando os laços são frágeis? 

Muitas pessoas se queixam da falta de entrega e comprometimento alheio, uma vez que, muitas vezes, adotamos mecanismos de proteção. No entanto, não nos damos conta de que as experiências passadas atravessam os relacionamentos.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman introduziu o conceito de “modernidade líquida”, descrevendo os dias de hoje como uma era caracterizada pela fluidez e pela incerteza nas relações sociais. 

Em suma, Bauman explica a modernidade líquida comparando-a com a solidez dos laços sociais do passado. Antes, as relações eram estáveis e duradouras, baseadas em compromisso e lealdade, com instituições como o casamento e o emprego vitalício fornecendo segurança e identidade, por exemplo.

 Nesse sentido, as conexões estáveis contrastam com a modernidade líquida, quando as relações são breves e facilmente desfeitas, refletindo uma sociedade marcada pela incerteza e pela falta de compromisso, muitas vezes.

Em “O mal-estar da civilização”, Freud explicita que da mesma forma, na modernidade líquida descrita por Bauman, as relações humanas são frequentemente afetadas pela busca incessante por gratificação imediata e isso impacta na qualidade das trocas afetivas.

Assim, a fragilidade dos laços na modernidade líquida pode despertar sentimentos de isolamento, ansiedade e insegurança. Se você sentir que essa volatilidade nas relações tem afetado seu bem-estar, considere procurar a ajuda de uma psicoterapeuta.

Descubra se você está vivendo um relacionamento abusivo.

 

Precisa de uma escuta acolhedora? 

ANNE GUEDES – PSICÓLOGA CRP: 06/113668

Agendamentos por WhatsApp