As emoções têm fortes ligação com a nossa alimentação. A comida também carrega muita memória e pode ser usada como um conforto, em alguns casos. Mas o que acontece quando o comer torna-se um transtorno?
A construção da nossa relação com a comida e com o nosso corpo começa muito cedo. Para alguns, a comida pode ocupar um espaço de maior ou menor destaque, mas nunca se resume apenas à nutrição do corpo.
Assim, o ato de comer vai muito além de uma necessidade fisiológica. Basta lembrar dos dias em que sua mãe fazia seu prato favorito ou lembrar da sopa da sua vó,
O termo “Comfort food”, em português “comida confortável”, é popularmente usado para descrever alimentos que são consumidos principalmente por razões emocionais, em vez de necessidades nutricionais.
Esses alimentos trazem sentimentos de conforto, nostalgia ou bem-estar emocional e, quase sempre, nos lembram de memórias positivas da infância, eventos familiares ou momentos de felicidade.
Porém, o que devemos fazer quando comer torna-se disfuncional?
A fome emocional é uma resposta às demandas emocionais não atendidas. Isto quer dizer que, quando a pessoa não consegue lidar com certos desconfortos ou frustrações, pode recorrer à comida como forma de amparo ou acolhimento.
A fome emocional pode ser desencadeada por diferentes motivos para cada indivíduo, mas esses são alguns indícios de que a fome não é apenas física:
A psicanálise defende que muitos comportamentos humanos sofrem a influência de processos inconscientes.
Nos transtornos alimentares, os sintomas como restrição alimentar, compulsão alimentar e outros podem ser expressões simbólicas de questões afetivas mais profundas.
Por exemplo, dificuldades emocionais, conflitos familiares, traumas passados, dificuldade de aceitação da autoimagem e a necessidade de controle.
Em um atendimento psicoterapêutico, investigamos como cada um se relaciona com a comida e o quanto essa dinâmica com a comida tem a ver com o funcionamento daquele sujeito.
Isso quer dizer que, muitas vezes, o transtorno alimentar nos dá pistas sobre questões mais profundas que podem estar presentes na vida da pessoa. Por exemplo, a compulsão alimentar pode estar ligada a uma tentativa de preencher um vazio emocional, enquanto a restrição alimentar excessiva pode refletir um desejo de controle em áreas da vida em que a pessoa se sente impotente.
Por fim, para lidar com a fome emocional, é preciso desenvolver maior consciência dos gatilhos emocionais, aprender a identificar os sinais de fome física e fome emocional. Além disso, é necessário aprender estratégias saudáveis para enfrentamento das emoções de forma mais eficaz, sem recorrer à comida.
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